quinta-feira, 29 de abril de 2010

Lições...

Amigos,

Minha mãe está se recuperando bem. Obrigado a todos que oraram e torceram por ela e por nossa família. Que me ligaram, deixaram recados, se ofereceram para ajudar de alguma forma.

Devo assumir que o sustou foi grande, mas serviu para trazer algumas lições...

Quando chegar em casa tarde e tiver suco de maracujá para o jantar, não vou soltar a frase: “Deixe! Eu tomo água”;

Quando aquela minha camisa – quase farda – preferida aparecer com uma manchinha, não vou fazer tanta questão;


Quando aquela bermuda cheia de bolsos, bem difícil de passar, não estiver engomada e eu cheio de pressa para sair, direi “Vou de calça!”; e por aí vai...rsrsr

Muitas outras ficaram após esse episódio. Mas a mais importante delas eu já tinha aprendido: o quanto é importante dizer EU TE AMO, ou melhor, demonstrar.

Nunca fui de esconder o que sinto. E quem me conhece sabe muito bem como funciona. É mais forte do que eu. (Já me acostumei a ouvir “Ítalo, disfarce!” ou “Ítalo, melhore essa cara rapaz”). Então, minha consciência sempre esteve tranqüila nesse ponto: acontecesse o que acontecesse, minha mãe sabe e desde muito cedo soube, o quanto ela é importante para mim.

Não há vergonha entre nós. Quando eu quero abraço, eu quero abraço; quando quero beijo, quero beijo; quando quero deitar a cabeça no colo dela, faço sem pensar duas vezes...

E é assim que vou aproveitando a vida ao lado de alguém que optou por mim há 22 anos atrás. Que viu seu bloco de carnaval passar de casa, para garantir que eu nasceria no tempo certo, dias depois.... A MINHA MÃE!

Abs
Ítalo Amorim =D

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O choro pode durar uma noite...

Véspera de feriado! Fim de aula e uma alegria me domina: “amanhã vou poder dormir até dar uma dor”, grito eu saindo correndo da UFRN, após mais um dia de rotina.

Ônibus, amenidades jogadas no ar como de costume ao longo da viagem... Tudo parece caminhar bem, pelo menos dentro do esperado.

Parecia! O telefone toca e uma das maiores, se não a maior, prova da minha vida está lançada: “Estou levando sua mãe para o hospital!”. A frase que mais me causa temor foi dita e não era sonho (na verdade, pesadelo).

Correr, correr, correr... O tempo insistia em não me deixar chegar perto. Cabeça a mil; possibilidades; dúvidas; cogitações; e por fim, a esperança de ser algo simples, ainda que no fundo no fundo pressentisse que as coisas não seriam.

Primeiros exames feitos. Cara de dúvida. Mais exames. Conversas entre médicos; o bip do aparelho que monitorava os batimentos cardíacos do senhor que estava na mesma sala de repouso insistindo em ser a trilha sonora daquele momento de tensão. E a decisão é tomada: “vamos operar!”

Como assim? Operar? É inevitável e precisa ser rápido. Não há tempo para detalhar nada para um filho em pânico, muito menos para perguntar se ele não queria trocar de lugar com sua mãe. Há essa hora, a fisionomia daquela mulher que sempre diz que está tudo bem e que vai dar tudo certo, muda... É Italo! Você realmente precisa ser forte. Mas não sou!

As orações e as súplicas aumentam. Os celulares tocam repetidamente. As mesmas explicações e o discurso mais sucinto é repetido para evitar o desespero alheio. E o meu? Quem quer evitar?

A porta do pré-operatório se fecha. Agora seu eu, sozinho, numa sala de espera com mais de 20 cadeiras vazias, luzes brancas que não se apagam, uma TV que só sintoniza o SBT... É nesse cenário que as 5 horas mais difíceis da minha vida tiveram início, após um abraço e um beijo que repreendiam o medo.

Deito... levanto... A mulher da limpeza aparece e ameaço um bate-papo. Ela não tem tempo e me deixa com um “Vai dar tudo certo”. Volto a ficar sozinho e por um segundo acho que é um sonho. Acordo com o barulho do elevador. Um homem com uma caixa de isopor me olha, mas não me dá bom dia. Chama o enfermeiro, que abre uma das portas e solta a frase “Tem que ser urgente! A paciente está perdendo muito sangue.” Meu Deus! Eu tô aqui. Eu tenho sangue! O mesmo dela. Corro. Pergunto. Ele me olha e após pensar diz: “não está acontecendo nada”. Porta fechada.

Percebo que o dia já amanheceu. E apesar de urgente o sangue não chegou. O que fazer? Pra quem apelar? Uma enfermeira passa apressada. “Moça me diga o que tá acontecendo!”. “Não se preocupe. Está acabando”. O que está acabando? O sangue chega. Ufa!

Duas horas depois, realmente acabou! As coisas não foram tão simples como estava planejado. Não foram mesmo. Mas acabou. Obrigado! Obrigado! Obrigado!

A força de T, que esteve o tempo todo acompanhando a intervenção, e a confirmação de que está tudo bem chega e me acalma. Duas enfermeiras aparecem e também percebem meu interesse por notícias, para não dizer desespero. Elas parecem querer me consolar. No fim, as consolo. Sentem falta de seus filhos: um, esquece de apreciar a graça de viver sua mãe. O outro, não teve a chance e aos 13 anos “foi atropelado alí embaixo, naquela esquina”, conta a senhora enxugando as lágrimas.

A cirurgia acabou. Ela passa por mim, ainda desacordada, e entra na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Não se preocupe. Isso é de praxe”, ouço. O médico me pede para rezar. Não me preocupo. Tenho feito isso desde que entrei naquele hospital.

Agradecimentos feitos e informações sobre o estado de saúde dela colhidas, vou para casa. É hora de acalmar os ânimos dos demais. Estou cansado, mas cheio de FÉ e ESPERANÇA de que tudo realmente vai acabar bem. Sei que vai!

E assim meu feriado começou. E assim eu pude vivenciar, em minha carne, que “O choro pode durar uma noite. Mas a alegria, a alegria vem pela manhã” (Salmo 30:5).

Obrigado pela torcida e oração de todos!

Obrigado!
Italo Amorim =D

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Tchau galera, ô ô ô tchau galera...

Acho muito engraçado o vai e vem dos políticos. E não estou falando da ponte aérea Natal/Brasília, mas das nomeações e exonerações de cada dia. É quase a dança dos famosos do egocêntrico Faustão: quem não dança conforme o xaxado, guarda o figurino e vai pra casa.

Sai o padre, que auxilia a cura nas quartas e sextas-feiras... sai a secretária que supostamente deu um carão na prefeita e não desmentiu a tempo... e pastas de governo como a Educação e Saúde vão padecendo. Logo elas que estão em primeiro plano nos discursos políticos e deveriam funcionar a todo vapor para garantir serviços básicos e essenciais à população.

Cito o exemplo de duas secretarias, mas quem quiser conferir um verdadeiro baile basta dar uma folheada nos Diário Oficial do Estado e do Município. O que tem de gente sendo nomeada e exonerada não tá no gibi, só mesmo no DOE e DOM.

Uma pena! A cada mudança no secretariado, todo o trabalho que vinha sendo – ou não – desenvolvido tende a, no mínimo, ser repensado. Ou seja, é pegar meses de trabalho, colocar na gaveta, dizer obrigado pelo serviço prestado, empossar o “novo” e pedir a benção ao padrinho (político).

E quem sofre? Quem? Quem? Nós! Que temos que enfrentar um serviço público lentinho, regado a retrocesso e sem personalidade. E do jeito que vai, tende a piorar...

Fica aqui a minha torcida para que esse pancadão acabe logo – não aguento mais a ladainha do entra e sai (Olha aí funkeiros do meu Brasil! Já da uma letra de caráter bem duvidoso) - e que a população seja tratada – alguma vez na história desse mundo - com o mínimo de respeito...

Han?? Acorda, Ítalo!

Abs
Italo Amorim =D

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Eu critico sim, e daí?

Tem gente que está tão acima do bem e do mal, que eu tenho até medo. Vai que uma delas lê isso aqui, se sente ofendida e decide soltar o meu nome no Alecrim..rsrs

Deixando bem claro que isso não é para ninguém em específico, e por isso vou me usar como referência, proponho uma reflexão sobre um hábito que nos acomete, chegando a dominar em alguns casos: a crítica.

O que seria de nós sem essa dádiva? É dádiva mesmo.

Triste daquele que não sabe criticar, que finge gostar de tudo, que não se posiciona, ou quando faz é para agradar. Ter que aguentar profissionais com egos inflamados, por exemplo, e ficar em silêncio não faz - MESMO - o meu estilo de vida. Citei o profissional, mas carrego essa condição de crítico em todos os âmbitos da minha vida.

Acho que todo mundo tem um crítico em potencial dentro de si. O que nos difere é que nem todos sabem se colocar. Criticar baseado na emoção não rola. Por exemplo: dizer que a opinião alheia é “bem previsível: vazia, sem embasamento e pautada na falta do que fazer e no despeito”, é – sinto informar - se tornar óbvio.

Será que uma crítica mal construída e irrelevante causaria mal estar? Respondo com o que lembro das minhas aulas de francês: Je ne sais pas!

Só sei que fica a reflexão. Tanto para os críticos, quanto para os criticados, a missão é não cair na previsibilidade alheia. Subjetivo, não?

Ahh... E um viva aos jornalistas!
Ganhando muito ou pouco, é assim que me vejo Feliz!

Abs!
Italo Amorim

domingo, 4 de abril de 2010

Só acontece em “Ó marizal”

Não adianta dizer que o fato de não estar na igreja durante a Semana Santa faz de mim um católico “faltoso”. Posso até fraquejar e não seguir – algumas vezes – o que prego. Mas eu precisava estar entre os meus neste feriadão. E entenda como meus uma típica família, com tios que falam alto e adoram imitar uns aos outros, primos que me matam de rir; e um avô que já não tem a sobriedade de antes, mas resiste aos efeitos de noventa e tantos anos.

Não me privei disso e não me sinto mal por isso. Pode ser que no futuro tenha outra consciência. Mas agora, fiz o meu MÁXIMO!

“Ó marizal” continua o mesmo que encontrava durante minhas férias escolares. Ruas largas, um sol escaldante, o pé de Sempre Verde lá no terreiro... Mas a cada ida àquele lugar contabilizo novas piadas e situações que me farão rir sozinho pelos próximos meses.

Já na recepção, o Italo meliante que há dentro de mim entrou em ação. Passava das 11 da noite e eu estava, simplesmente, em cima do telhado da casa de uma das minhas primas. O motivo? A gênia (esse nome existe?) trancou a própria casa e esqueceu a chave dentro. Logo eu que não subo nem na caixa d´água da minha casa, estava destelhando uma casa e pendurado a quase três metros de altura.

“Esse menino vem de Natal quebrar uma perna aqui!”, “Desça daí Italo que você não sabe fazer isso não... Ai meu Deus!!!”, enquanto eu ouvia essas frases de apóio, ia retirando as telhas. Após conseguir salvar a noite de uma criança e uma adolescente (filhos da louca) que comiam biscoitos recheados e pendiam de sono na calçada, ainda levei a fama de péssimo retelhador. Eu lá queria saber se a telha era pra cima ou pra baixo. Meu negócio era descer dalí inteiro..huhuh

O pior é que tem gente que acha que é mentira de primeiro de Abril. Aff... É muito triste não ter credibilidade na vida...rsrs

Também tive uma aula de direção. A segunda depois de uns 8 anos. “Pise na embreagem na hora de frear”, “DEVAGAR!!!”, “Você vai sentir o carro pedindo a marcha”, “CUIDADO!!!”, “Muito bem Italo, você é a única pessoa que eu conheço que engata a terceira para passar num quebra mola”, “Você não tirou o freio de mão”, “DESÇA!!!” Enfim, acho que vou adiar o sonho do meu carro prórpio...rsrsrsr

Ahh... ainda fui o Rodolfo da Maria Cecília. É da dupla sertaneja que eu to falando mesmo. Explico: Esse é o mais novo DVD que a minha priminha de 8 anos tá decorando. Ai lá vou eu ser o parceiro dela no show. E o pior é que a danada queria que eu interagisse com a platéia. Que platéia? Se tivesse alguém ali, era no máximo as amigas imaginárias dela. Aquela menina é um perigo e tem uma memória que assusta. A brincadeira do “Fui à feira e comprei...” que o diga.

Nossa...tem tanta coisa pra contar desses 4 dias. Mas num sei que BBB é esse pra eu ficar me expondo aqui...huhuhu

E que fique claro uma coisa: A compreensão do que se trata a Semana Santa não saiu da minha cabeça um só instante, além de sua importância para nós cristãos. Por isso tenho certeza que valeu a pena abdicar de ritos para aguardar a ressurreição de Cristo vivendo a minha família.

Acredite!

Abs
Italo Amorim =D